Alzheimer N2 – REM FÁSICO e PETS na Zona 2 - Neurociências Decolonial Brain Bee SfN2025 NIRS EEG
Alzheimer N2 – REM FÁSICO e PETS na Zona 2 - Neurociências Decolonial Brain Bee SfN2025 NIRS EEG
Consciência em Primeira Pessoa
“Desperto e não lembro o nome da minha neta. Mas sinto o calor da sua mão.
Minha mente falha, mas meu corpo ainda sabe pertencer.
No silêncio do esquecimento, ainda existe algo que pulsa: a respiração, o afeto, o sonho que insiste em permanecer.
Sou consciência entre ausências e presenças, procurando a Zona 2, onde o sentir é mais forte do que a perda da memória.”
O choque dos PETS
Nossa sociedade cuida com carinho dos seus pets animais, mas deixa muitos idosos à margem, como se a velhice não tivesse valor.
Nas culturas ameríndias, ao contrário, os anciões eram faróis da comunidade, guardiões da memória e do espírito coletivo.
Aqui nasce o sentido ampliado de PETS na Zona 2:
Pertencimento – fusão com Pachamama, corpo-território e comunidade planetária.
Transtornos Alimentares – jejum como rito de clareza e não como carência.
Especiais Caminhadas – percursos longos na natureza, que despertam interocepção e vínculos afetivos.
Avatares da Jornada
Brainlly – mostra que os sonhos do REM Fásico são redes de memória emocional; o EEG mapeia essa arquitetura complexa.
Iam – lembra que jejuns e cetose reorganizam energia neuronal; o NIRS confirma eficiência na oxigenação cortical.
Olmeca – traz o lugar dos anciões, valorizados como memória viva do coletivo.
Yagé – ensina que caminhar é pertencer; cada passo é comunhão com o território.
Math/Hep – descreve como os microestados do EEG perdem flexibilidade no Alzheimer, mas podem se reorganizar em Zona 2.
DANA (Avatar DNA) – recorda que o DNA é inteligência fluídica, mantendo plasticidade mesmo em meio ao declínio cognitivo.
REM Fásico, Interocepção e Memória
O Alzheimer está profundamente relacionado ao REM Fásico e à interocepção.
O REM Fásico é a fase dos sonhos vívidos, que consolida memórias emocionais e reforça plasticidade sináptica.
No Alzheimer, a redução dessa fase compromete o fio afetivo que costura lembranças.
A interocepção, porém, resiste: o corpo ainda sente o abraço, o cheiro, o toque.
Metáfora ameríndia: é como se a aldeia sonhasse junto ao redor da fogueira. Quando esse sonho coletivo é interrompido, a memória do povo se desfaz.
Jejuns e Caminhadas de Pertencimento
Os povos originários praticavam jejuns rituais e longas caminhadas como caminhos de espiritualidade e saúde.
Hoje, a ciência confirma:
O jejum intermitente reduz inflamação e melhora clareza cognitiva.
As caminhadas na natureza aumentam a oxigenação pré-frontal (NIRS) e promovem sincronia de ondas alfa (EEG), fortalecendo sensação de pertencimento.
Não é apenas exercício físico: é retorno ao Corpo-Território, onde cada passo é vida em comunhão com todos os seres.
Zona 2: pertencimento e comunidade de vida
Zona 1: a rotina de tensões prende o corpo.
Zona 3: o consumo e as ideologias sequestram a mente.
Zona 2: fruição, metacognição e pertencimento ampliado — fusão com Pachamama, Apus e a comunidade planetária.
Aqui, mesmo sem memória plena, o corpo encontra sentido pelo sentir. O Alzheimer não apaga a essência viva que pulsa no instante.
Evidências com NIRS e EEG: números que reforçam o paradigma
Estudos de qEEG confirmam que no Alzheimer e no MCI ocorre redução da coerência nas bandas alfa e beta e aumento de potência em teta e delta, marcando a lentificação cortical. (Yuan, 2025; Zhang et al., 2023)
Pesquisas multimodais com EEG + fNIRS + marcha mostram que idosos com comprometimento cognitivo apresentam menor conectividade pré-frontal e maior custo cognitivo ao andar e realizar tarefas duplas. (Kim, 2023; Wang et al., 2022)
Estudos com TD-fNIRS em tarefas de fluência verbal e memória de trabalho alcançaram alta acurácia para distinguir MCI de controles saudáveis (AUC ≈ 0,92). (Dubois et al., 2025)
Ensaios monitorados com EEG e NIRS identificaram mudanças nos ritmos alfa, teta e beta, além de variações na oxi-hemoglobina cortical, associadas a melhora cognitiva após intervenções digitais. (Zhang et al., 2023)
Assim, os rituais ancestrais de sono, jejum e caminhada agora aparecem também como dados objetivos: gráficos de EEG e curvas de NIRS traduzem em números a experiência de fruição, pertencimento e interocepção.
Motivacional
O Alzheimer não é apenas perda: é também convite.
Convite a sentir antes de lembrar.
Convite a viver cada instante como corpo-território, parte da Pachamama.
Convite a reencantar o mundo com pertencimento, mesmo quando os nomes se apagam.
Na Zona 2, o paciente com Alzheimer pode esquecer palavras, mas não perde a essência de estar vivo:
“Eu sinto, logo pertenço.”
Referências pós-2020 (sem links)
Lucey, B.P., et al. (2021). Reduced non-REM slow-wave sleep is associated with tau pathology in Alzheimer’s disease. Science Translational Medicine.
Winer, J.R., et al. (2020). Sleep as a potential biomarker of Alzheimer’s disease. Nature Reviews Neurology.
Scullin, M.K., et al. (2021). REM sleep and memory consolidation in aging and neurodegeneration. Current Opinion in Behavioral Sciences.
Tatti, E., et al. (2021). EEG biomarkers in Alzheimer’s disease: microstates and network flexibility. Frontiers in Neuroscience.
Pinti, P., et al. (2020). The use of fNIRS in aging and dementia: new horizons. NeuroImage.
Wang, Y., et al. (2022). Assessment of brain function in cognitive impairment using gait and fNIRS. Frontiers in Aging Neuroscience.
Kim, M., et al. (2023). Multimodal monitoring of Alzheimer’s with EEG, fNIRS and gait. Journal of Neural Engineering.
Dubois, J., et al. (2025). Functional neuroimaging biomarkers of mild cognitive impairment using TD-fNIRS. npj Aging.
Yuan, Y. (2025). Quantitative EEG biomarkers in Alzheimer’s disease. Frontiers in Neuroscience.
Zhang, Y., et al. (2023). EEG and NIRS biomarkers in digital interventions for Alzheimer’s. Frontiers in Neuroscience.
Graeber, D., Wengrow, D. (2021). O Despertar de Tudo: Uma Nova História da Humanidade.