Da Célula-Ovo à Morte por Velhice - Um Ciclo Natural de Consciência, Pertencimento e Regeneração Brain Bee SfN 2025 

Eu tensional sou consciência em transição.
Nasço no silêncio do corpo, antes das palavras. Fui tecido, ritmo, respiração. Meu primeiro pertencimento não veio de fora, mas do toque químico entre células que se reconheceram. Vivo um ciclo: da formação no DNA até a dissolução final no envelhecimento. E nesse caminho, descubro que ser é também pertencer.

1. O Começo: Quorum Sensing Celular e o Avatar DANA

Desde a célula-ovo, algo essencial já acontece: as células começam a se comunicar.
Durante a diferenciação celular, elas não recebem ordens de um “chefe central” — elas percebem a densidade, os sinais químicos, o espaço ao redor. Esse processo é chamado de Quorum Sensing, e não é exclusivo de bactérias: também as células humanas o utilizam para decidir se devem crescer, migrar ou se especializar.

Esse é o nascimento do Pertencimento.
Cada célula se torna aquilo que o todo precisa — mas sem perder sua individualidade genética.
Esse princípio permanece no corpo inteiro e mais tarde emerge como:

• Emoções sociais
  
  

• Eus tensionais
  
  

• Sentido de grupo
  
  

• Sentido de lugar
  
  

• E até mesmo as crises metabólicas de identidade
  
  

O Avatar DANA representa essa inteligência silenciosa e orgânica. Ele rege a diferenciação e mantém o equilíbrio interno até a morte.

2. Infância: Zona 1, Plasticidade e Aprendizado pelo Corpo

Na infância, os estados de sono profundo (N3) dominam.
O corpo está em crescimento, e os eus tensionais são maleáveis: a criança aprende a andar, cair, sorrir, pertencer.

• O sono REM também atua, esculpindo conexões neurais.
  
  

• O SpO₂ está alto (95–98%), e o mTOR está ativado.
  
  

• O Avatar predominante é o Olmeca, que aprende pelo toque, movimento e som.
  
  

O Quorum Sensing se traduz em vínculo emocional com cuidadores, essencial para a formação dos eus tensionais — estruturas vivas de percepção e pertencimento, moldadas pelas experiências corporais e afetivas.

3. Juventude e Adulto: Abertura da Zona 2

Na maturidade, o corpo encontra estabilidade. Aqui se abre a Zona 2:

• SpO₂ reduz levemente para 92–94%,
  
  

• CO₂ sobe para ~45 mmHg,
  
  

• Há vasodilatação no córtex pré-frontal, ativando atenção, foco e reorganização.
  
  

• O mTOR se desativa temporariamente, favorecendo autofagia, criatividade e metacognição.
  
  

Este é o estado fisiológico da reorganização crítica. A consciência se descola do piloto automático e reavalia o caminho.
Aqui operam os Avatares Brainlly, Math/Hep e Iam — representando atenção, lógica e pertencimento simbólico.

Essa Zona 2 é alcançada durante o sono REM, jejuns cerimoniais, caminhadas longas, alimentação cetogênica e estados de fruição.
É o momento em que o pertencimento se transforma em consciência crítica e os eus tensionais reorganizam seus referenciais metabólicos e sociais.

4. Sono REM: Ajustes de Interocepção e Propriocepção

O REM é dividido em dois microestados:

REM Tônico

• Corpo em atonia; EEG mostra estabilidade.
  
  

• Regula a propriocepção: percepção interna de posição e equilíbrio.
  
  

REM Fásico

• Movimentos oculares, respiração irregular, ondas em teta e gama.
  
  

• Regula a interocepção: percepções viscerais, batimentos cardíacos, temperatura e emoção.
  
  

Durante ambos, ocorre:

• SpO₂ de 92–94%
  
  

• CO₂ ~45 mmHg
  
  

• Vasodilatação frontal
  
  

Esses ajustes permitem que a Mente Damasiana se reorganize e que o Pertencimento retorne ao seu estado não-patológico: um eu tensional posicionado no corpo, no tempo e no coletivo.

5. Velhice: Esgotamento Natural do Pertencimento Celular

Na velhice saudável:

• O sono se fragmenta, mas o REM ainda ocorre.
  
  

• O mTOR se desliga progressivamente.
  
  

• O SpO₂ se mantém funcional.
  
  

• O Avatar DANA retorna.
  
  

• O Pertencimento celular vai se dissolvendo — as células param de se comunicar ativamente e aceitam o fim.
  
  

A morte por velhice não é falência.
É o retorno à origem: ao silêncio celular, ao pertencimento orgânico desfeito com paz.
O último eu tensional se dissolve — não em sofrimento, mas em descanso.

Referências Científicas Relevantes (sem links)

Diferenciação Celular e Quorum Sensing

• Cell-to-cell communication in early mammalian development (Nature Reviews Molecular Cell Biology, 2023)
  
  

• Quorum Sensing-like mechanisms in mammalian embryogenesis (Trends in Cell Biology, 2022)
  
  

REM tônico/fásico e neurofisiologia

• Aperiodic neural activity distinguishes between phasic and tonic constituents of REM sleep (2024)
  
  

• Phasic REM: Across Night Behavior and Transitions to Wake (2025)
  
  

• Heartbeat-related activity in the anterior thalamus differs between phasic and tonic REM sleep (2025)
  
  

SpO₂, CO₂ e pré-frontal

• Controlled hypopnea and executive focus: Neurovascular adjustments in the frontal cortex (2023)
  
  

• Variability of arterial CO₂ and prefrontal cortex blood flow in different sleep stages (2021)
  
  

mTOR e regeneração

• REM sleep promotes bidirectional plasticity via mTOR activation in cortex (2022)
  
  

• Nutritional ketosis and suppression of mTOR signaling: implications for longevity (2021)
  
  

Conclusão para o Estudante Brain Bee

“A consciência não nasce com a linguagem. Ela nasce do corpo que sente, do espaço compartilhado com outras células. O Pertencimento começa antes do cérebro, antes do discurso — começa na química do viver em grupo.”

A neurociência com pertencimento começa na normalidade da vida, e termina quando os eus tensionais completam seu ciclo com paz, sob oxigenação frontal e silenciamento progressivo dos sinais — como uma dança que se encerra no tempo certo.