Jackson Cionek
986 Views

Na Busca de Sentido Fora de Si

Na Busca de Sentido Fora de Si

Na Busca de Sentido Fora de Si
Na Busca de Sentido Fora de Si

  1. A Projeção do Sentido no Outro
    Exploramos como, ao enfrentar o desconforto com nossas próprias crenças e identidades, frequentemente projetamos nossas tensões no mundo externo. Essa fuga pode levar à crítica exagerada dos outros, à imposição de nossas verdades ou à adesão a ideologias que mascaram conflitos internos. Como reconhecer e transformar essa projeção em autodescoberta?

  2. Crença e a Construção da Realidade
    Discutimos como as crenças moldam nossa interpretação dos dados da realidade. A crença não apenas seleciona informações que confirmam nossos pressupostos, mas também distorce nossa percepção, criando narrativas que reforçam nosso senso de controle e pertencimento.

  3. A Consolidação de Memórias no Sono
    Durante o sono REM, o cérebro reativa e reorganiza memórias episódicas, incorporando novas experiências às nossas narrativas pessoais. Já no sono NREM, memórias semânticas são consolidadas, contribuindo para o armazenamento de conhecimentos objetivos. Como esses processos transformam crenças e criam novas percepções?

  4. A Perda de Consciência Durante o Sono
    Mesmo quando estamos inconscientes em certos estágios do sono, o cérebro continua processando informações de forma ativa. Durante o sono NREM profundo, a "Mente Damasiana" (interocepção e propriocepção) opera sem a integração plena com áreas corticais associativas, resultando em um estado de percepção fragmentada. Como isso reflete nossa relação entre corpo e consciência?

  5. Viés na Construção do Conhecimento
    Nossas crenças pessoais, culturais e sociais afetam não apenas nossa percepção, mas também a ciência e a interpretação de dados. Abordaremos o impacto do viés de confirmação e do efeito de moldura cultural na forma como construímos e validamos o conhecimento, com exemplos históricos e científicos.

  6. A Busca de Sentido Como Transformação Pessoal
    Concluímos com uma reflexão sobre como a busca de sentido fora de si é, paradoxalmente, um convite à transformação interna. Reconhecer e desafiar nossas crenças é essencial para integrar o "Eu" e o "Nós", promovendo uma relação mais consciente e harmoniosa com o mundo.

    Por que fugimos de nossas próprias crenças?

    1. Medo de Incoerências Internas: Reconhecer que nossas crenças podem ser limitadas, contraditórias ou desatualizadas pode ser desconfortável. É mais fácil evitar essa reflexão ao focar nos outros.

    2. Necessidade de Pertencimento: O "Nós" (grupo, sociedade, cultura) muitas vezes define quem acreditamos ser. Questionar essas crenças pode nos fazer sentir desconectados ou ameaçar nosso senso de identidade coletiva.

    3. Efeito do Conforto Cognitivo: Revisitar crenças e mudar hábitos requer esforço e energia mental. O cérebro prefere atalhos que confirmem o que já acreditamos.

    4. Projeção Psicológica: Ao identificar nos outros aquilo que evitamos confrontar em nós mesmos, projetamos nossas angústias e fraquezas, criando uma falsa sensação de controle.

    Como evitar essa fuga?

    1. Praticar a Autorreflexão: Pergunte-se frequentemente: Estou reagindo ao que vejo nos outros ou ao que tento evitar em mim?

    2. Desconstruir o "Nós": Entender que a identidade coletiva pode ser uma força, mas também uma prisão, permite que você transite entre ser parte do grupo e ser um indivíduo autônomo.

    3. Aceitar a Incerteza: Reconheça que nem tudo precisa ter uma resposta definitiva ou absoluta. As crenças podem ser transitórias, adaptáveis e mutáveis.

    4. Focar na Transformação Interna: Ao invés de tentar mudar os outros, olhe para o impacto que suas atitudes e crenças têm sobre si mesmo e sobre o mundo.

    Essa jornada de enfrentamento e transformação é o que, no fundo, permite evoluirmos como indivíduos e como sociedade, integrando o "Eu" e o "Nós" de maneira mais harmoniosa e consciente.

    Por que isso acontece?

    1. Necessidade de Propósito: Sem um propósito claro para si, é comum buscar significados externos, como a ideia de "ser útil" para os outros.

    2. Projeção de Inseguranças: O medo de enfrentar questões internas pode levar à externalização, como forma de evitar o confronto com o vazio.

    3. Ciclo de Deslocamento: Ao viver para os outros, perpetua-se a sensação de que o valor pessoal está ligado a fatores externos e não ao autoconhecimento.

    Riscos Deste Comportamento

    Desgaste Emocional: Concentrar-se exclusivamente nos outros pode levar à exaustão mental e emocional.

    Negligência Pessoal: Deixar de cuidar de si mesmo aumenta o vazio existencial.

    Conflitos Relacionais: A interferência excessiva nas vidas dos outros pode gerar resistência ou até afastamento.

     
    Sono e  Áreas com Maior Atividade na Perda de Consciência

    1. Córtex Somatossensorial:

    Durante os estados de sono profundo (NREM), as áreas somatossensoriais apresentam atividade relacionada à interocepção, mas de maneira menos integrada à consciência.

    2. Regiões Subcorticais (Hipotálamo e Tronco Cerebral):

    Essas áreas permanecem ativas para regular funções vitais, como respiração e controle cardíaco, mas não participam da construção da consciência plena.

    3. Ondas Lentas e Sincronização Neural:

    Durante o sono NREM profundo, predominam ondas delta de baixa frequência, que indicam alta sincronização entre neurônios, mas com atividade reduzida em termos de processamento consciente.

    Sono REM e "Recuperação" da Consciência

    Durante o sono REM, algumas áreas ligadas à consciência começam a reativar:

    Córtex Associativo e Límbico: Áreas como o hipocampo e a amígdala mostram alta atividade, favorecendo sonhos e narrativas emocionais.

    No entanto, a baixa atividade do CPFdl mantém o estado onírico desconectado de uma consciência crítica e lógica.

    No estágio NREM-3 (também conhecido como sono de ondas lentas ou sono profundo), o principal processo observado é a "lavagem cerebral", ou seja, a limpeza do cérebro através do sistema glinfático. No entanto, isso não significa que não há consolidação de memória — apenas que a função de consolidação é mais limitada e especializada.

    Consolidação de Memórias no NREM-3

    No NREM-3, ocorre:

    1. Consolidação de Memórias Declarativas (semânticas e episódicas):
      Há uma integração de informações importantes aprendidas recentemente com conhecimentos pré-existentes. No entanto, essa consolidação é menos ativa no NREM-3 do que nos estágios mais leves (NREM-1 e NREM-2).

    2. Integração Sistêmica:
      Memórias que já passaram por uma pré-consolidação nos estágios anteriores (NREM-1 e NREM-2) podem ser redistribuídas do hipocampo para o córtex, tornando-se mais estáveis e duradouras.


    Lavagem Cerebral no NREM-3

    O NREM-3 é crucial para a "manutenção" do cérebro:

    1. Ativação do Sistema Glinfático:
      Durante o sono profundo, o fluxo de líquido cefalorraquidiano aumenta, ajudando a remover resíduos metabólicos acumulados, como proteínas beta-amiloide e tau (relacionadas a doenças neurodegenerativas como Alzheimer).

    2. Redução de Atividade Neuronal:
      A sincronização das ondas lentas (delta) promove um estado de baixa atividade neural, que é essencial para a "recarga" metabólica e a recuperação celular.


    Aqui está uma análise estruturada para explorar a ideia de que no REM se flexibiliza que memórias semânticas entram ou não no jargão de uma crença ou memória episódica. Já no NREM 1 e 2 o foco é gravar informações semânticas e ou episódicas:


    NREM 1 e 2: Foco na Gravação de Informações

    • Gravação de Memórias Semânticas e Episódicas:
      Nos estágios NREM-1 e NREM-2, o cérebro prioriza o processamento inicial e a estabilização de novas memórias.

      • Memórias semânticas (fatos, conceitos, informações) são codificadas no córtex cerebral, conectando-se a redes já existentes.

      • Memórias episódicas (experiências vividas) começam a ser integradas, mas ainda estão fortemente dependentes do hipocampo.

    • Atividade Neural e Ondas Teta:
      Os padrões de ondas teta, observados nesses estágios, estão associados ao aprendizado e à codificação inicial das memórias.

    • Propósito:
      Esses estágios funcionam como um "preparador" para as memórias, criando uma base que será refinada nos estágios seguintes, incluindo o REM.


    REM: Flexibilização e Organização

    • Flexibilização de Memórias:
      Durante o sono REM, o cérebro revisita e reorganiza as informações previamente gravadas nos estágios NREM.

      • Memórias Semânticas: O REM ajuda a decidir quais informações semânticas se conectam a crenças ou entram em narrativas mais amplas.

      • Memórias Episódicas: Algumas experiências podem ser recontextualizadas, fragmentadas ou até mesmo "reclassificadas" como parte de crenças ou ideias consolidadas.

    • Integração com Crenças:
      O REM é conhecido por sua alta atividade cerebral, especialmente em áreas como o sistema límbico e o córtex associativo. Essa atividade favorece:

      • Reconstrução narrativa: Memórias episódicas podem ser associadas a crenças, ajustando sua interpretação emocional e seu significado.

      • Flexibilização semântica: Informações semânticas podem ser priorizadas ou descartadas, dependendo da sua relevância para sistemas de crenças ou objetivos pessoais.

    • Sonhos e Simulações Mentais:
      Os sonhos no REM podem servir como "simulações" que testam a validade das crenças ou exploram alternativas, ampliando a compreensão do mundo.


    Resumo: Papel dos Estágios

    1. NREM-1 e NREM-2:

      • Foco em gravar e estabilizar memórias semânticas e episódicas.

      • Processos dominados por padrões iniciais de codificação e reorganização básica.

    2. REM:

      • Foco em flexibilizar e integrar memórias em crenças ou narrativas mais amplas.

      • Processos dominados por revisitação, reinterpretação e simulação.


    Esse modelo reforça a ideia de que os diferentes estágios do sono têm papéis complementares: os estágios NREM preparam a matéria-prima (informações e memórias), enquanto o REM organiza essa matéria em sistemas de crenças, narrativas e interpretações adaptativas.

     Na Busca de Sentido Fora de Si

    #BuscaDeSentido
    #SerCrerSaber
    #Fruição
    #Metacognição
    #CorpoTerritório
    #YãyHãMiy
    #Nerope
    #PeiUtupe
    #Sonho
    #Sleep
    #NREM
    #REM
    #BodyTerritory
    #TerritorialNeuroscience
    #NeuroscienceOfPlace
    #CulturalNeuroscience
    #SocialMediaRegulation
    #LixoZero
    #ReduceReuseRecycle
    #PlasticFree
    #CleanEnergy
    #TaxDataMining
    #KidsUnplugged
    #AffectiveComputing
    #CloutLikesProfit
    #Pertencimento
    #ReligareYourSelf
    #Decolonial
    #Neuroscience
    #CBDCdeVarejo
    #DREX
    #RegulandoBigData
    #DeMente
    #HomenSocial
    #HomoEconomicus

#eegmicrostates #neurogliainteractions #eegmicrostates #eegnirsapplications #physiologyandbehavior #neurophilosophy #translationalneuroscience #bienestarwellnessbemestar #neuropolitics #sentienceconsciousness #metacognitionmindsetpremeditation #culturalneuroscience #agingmaturityinnocence #affectivecomputing #languageprocessing #humanking #fruición #wellbeing #neurophilosophy #neurorights #neuropolitics #neuroeconomics #neuromarketing #translationalneuroscience #religare #physiologyandbehavior #skill-implicit-learning #semiotics #encodingofwords #metacognitionmindsetpremeditation #affectivecomputing #meaning #semioticsofaction #mineraçãodedados #soberanianational #mercenáriosdamonetização
Author image

Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States