Jackson Cionek
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O Grande Conflito de Ser e Estar

O Grande Conflito de Ser e Estar

O Ser é Laico e Democrático. O Eu é Republicano e Conservador.

O Eu como Restrição Funcional da Mente: A Fragmentação da Presença

1. O Eu como Modulação Restritiva da Mente

O Eu é uma configuração funcional aprendida que impõe um modo específico de fazer, pensar ou reagir.

Essa configuração:

Impõe tensões posturais específicas, alterando o corpo no espaço (Propriocepção)

Ativa sentimentos viscerais apropriados à tarefa, alterando o estado interno (Interocepção)

 

Logo:

O Eu é sempre uma mente restringida a um contexto funcional, cultural ou educacional.

2. O Eu como Perda de Pertencimento (Ruptura do Quorum Sensing)

O Eu foca tanto em um afazer ou crença que pode negar ou ignorar as informações que pertencem ao campo coletivo.

Essa focalização seletiva:

 Filtra o campo de informação social e sensorial

 Corta os laços com o campo neuroafetivo coletivo

 Diminui a capacidade de sincronização com o grupo (Quorum Sensing)

É assim que surgem estados de isolamento, radicalização ideológica e sofrimento subjetivo: o Eu, em sua eficiência, rompe com o Ser Coletivo.*

3. O Ser como Presença Inteira

O Ser é o estado de presença plena — é o organismo vivo em ressonância com o território, com as células, com o campo coletivo e com o fluxo de diferenciação.

O Ser:

Não se modula, ele é — em sua totalidade biológica, afetiva e ecológica

Não se foca, ele acolhe todas as informações disponíveis no campo

Não se separa, ele percebe-se parte do todo

Diferença central:

 O Eu é uma operação.

 O Ser é uma presença.

O Eu é uma tática do Ser para se fazer funcional no mundo — mas quando o Eu se torna absoluto, ele separa-se do Ser, gerando sofrimento, ideologia e solidão.

 
O Grande Conflito de Ser e Estar
O Grande Conflito de Ser e Estar

1. Princípio Ontológico: Todo “Eu” é uma Construção sobre Regras

Não se trata de uma crítica ideológica ao modelo republicano-conservador, mas de um reconhecimento neuroepistemológico:


O “Eu” só pode existir se consolidar critérios de certo e errado, que permitam repetir ações, manter coerência e organizar afazeres.


Essa organização é neuroafetiva e bioquímica — orientada à preservação de estruturas cognitivas e corporais, automatização de decisões e continuidade funcional diante das exigências do mundo.


Nesse sentido, todo Eu é conservador: precisa conservar para existir.

E é republicano: um arranjo normativo, uma “coisa pública organizada” para convivência.


2. O Ser é Laico e Democrático porque não Está sob a Regência do Eu

O Ser não tem afazeres. Ele apenas é.


Ele não compara, não hierarquiza, não decide por exclusão — vivência em tempo real, como expressam a propriocepção e interocepção sincronizadas na Mente Damasiana.


O Ser é fluido, múltiplo, presente.

Como nas cosmologias ameríndias, sua democracia é escuta e ajuste contínuo — não eleição e imposição.

Sua laicidade é o respeito radical ao território informacional de cada ser — como propõe o conceito de DANA.


O Ser sente sem julgar. Pertence sem possuir.

Acolhe sem impor.


3. O Eu como Ponte entre Fluxo (Ser) e Forma (Estar)

No Monismo de Triplo Aspecto:


O Ser emerge da experiência pura.


O Eu nasce da interseção com a informação.


O Estar se manifesta como performance organizada pelo Eu.


O Eu é o engenheiro da ação.

Para agir, precisa conservar.

Por isso, todo Eu é conservador por função, não por moral.


4. O Conflito não é Moral — é Funcional

Não há erro em ser conservador.


Todo processamento ocorre sobre um sentimento já estruturado.

Esse sentimento é o filtro necessário para interpretar o mundo e decidir.


Mas esse filtro também limita a percepção do novo.


Por isso o conflito:

O Ser quer fruir,

- Eu quer repetir.

O Ser acolhe,

- Eu seleciona.

O Ser percebe,

- Eu interpreta.

5. Implicações para a Consciência e a Sociedade

A democracia original (cf. O Despertar de Tudo) se dava no plano do Ser:

Regulação coletiva pela percepção compartilhada do território (Apus, Quorum Sensing),

Sem dogmas fixos,

Com rituais de atualização contínua da convivência.

O modelo atual opera no plano do Eu:

Eleições baseadas em identidades,

Decisões guiadas por doutrinas,

Normas regidas por expectativas binárias de certo e errado.

O Eu constrói estabilidade.

O Ser mantém a vitalidade democrática.


Conclusão: Sincronizar sem Eliminar

Todo Eu precisa conservar para existir.

Mas só o Ser pode transformar para manter a vida.


Não há solução definitiva.

Há oscilações rituais possíveis:


Fechar para Fazer → o Eu opera;

Abrir para Ser → o corpo retoma.

Essa alternância entre repetição (conservadorismo) e fruição (originalidade)

é o verdadeiro campo dinâmico da consciência.

The Great Conflict Between Being and Existing - A Bio-Phenomenological Ontology

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O Grande Conflito de Ser e Estar

Sentimentos Metacognição e Sincronização Espiritual

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Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States