O Grande Conflito de Ser e Estar
O Grande Conflito de Ser e Estar
O Ser é Laico e Democrático. O Eu é Republicano e Conservador.
O Eu como Restrição Funcional da Mente: A Fragmentação da Presença
1. O Eu como Modulação Restritiva da Mente
O Eu é uma configuração funcional aprendida que impõe um modo específico de fazer, pensar ou reagir.
Essa configuração:
Impõe tensões posturais específicas, alterando o corpo no espaço (Propriocepção)
Ativa sentimentos viscerais apropriados à tarefa, alterando o estado interno (Interocepção)
Logo:
O Eu é sempre uma mente restringida a um contexto funcional, cultural ou educacional.
2. O Eu como Perda de Pertencimento (Ruptura do Quorum Sensing)
O Eu foca tanto em um afazer ou crença que pode negar ou ignorar as informações que pertencem ao campo coletivo.
Essa focalização seletiva:
Filtra o campo de informação social e sensorial
Corta os laços com o campo neuroafetivo coletivo
Diminui a capacidade de sincronização com o grupo (Quorum Sensing)
É assim que surgem estados de isolamento, radicalização ideológica e sofrimento subjetivo: o Eu, em sua eficiência, rompe com o Ser Coletivo.*
3. O Ser como Presença Inteira
O Ser é o estado de presença plena — é o organismo vivo em ressonância com o território, com as células, com o campo coletivo e com o fluxo de diferenciação.
O Ser:
Não se modula, ele é — em sua totalidade biológica, afetiva e ecológica
Não se foca, ele acolhe todas as informações disponíveis no campo
Não se separa, ele percebe-se parte do todo
Diferença central:
O Eu é uma operação.
O Ser é uma presença.
O Eu é uma tática do Ser para se fazer funcional no mundo — mas quando o Eu se torna absoluto, ele separa-se do Ser, gerando sofrimento, ideologia e solidão.

O Grande Conflito de Ser e Estar
1. Princípio Ontológico: Todo “Eu” é uma Construção sobre Regras
Não se trata de uma crítica ideológica ao modelo republicano-conservador, mas de um reconhecimento neuroepistemológico:
O “Eu” só pode existir se consolidar critérios de certo e errado, que permitam repetir ações, manter coerência e organizar afazeres.
Essa organização é neuroafetiva e bioquímica — orientada à preservação de estruturas cognitivas e corporais, automatização de decisões e continuidade funcional diante das exigências do mundo.
Nesse sentido, todo Eu é conservador: precisa conservar para existir.
E é republicano: um arranjo normativo, uma “coisa pública organizada” para convivência.
2. O Ser é Laico e Democrático porque não Está sob a Regência do Eu
O Ser não tem afazeres. Ele apenas é.
Ele não compara, não hierarquiza, não decide por exclusão — vivência em tempo real, como expressam a propriocepção e interocepção sincronizadas na Mente Damasiana.
O Ser é fluido, múltiplo, presente.
Como nas cosmologias ameríndias, sua democracia é escuta e ajuste contínuo — não eleição e imposição.
Sua laicidade é o respeito radical ao território informacional de cada ser — como propõe o conceito de DANA.
O Ser sente sem julgar. Pertence sem possuir.
Acolhe sem impor.
3. O Eu como Ponte entre Fluxo (Ser) e Forma (Estar)
No Monismo de Triplo Aspecto:
O Ser emerge da experiência pura.
O Eu nasce da interseção com a informação.
O Estar se manifesta como performance organizada pelo Eu.
O Eu é o engenheiro da ação.
Para agir, precisa conservar.
Por isso, todo Eu é conservador por função, não por moral.
4. O Conflito não é Moral — é Funcional
Não há erro em ser conservador.
Todo processamento ocorre sobre um sentimento já estruturado.
Esse sentimento é o filtro necessário para interpretar o mundo e decidir.
Mas esse filtro também limita a percepção do novo.
Por isso o conflito:
O Ser quer fruir,
- Eu quer repetir.
O Ser acolhe,
- Eu seleciona.
O Ser percebe,
- Eu interpreta.
5. Implicações para a Consciência e a Sociedade
A democracia original (cf. O Despertar de Tudo) se dava no plano do Ser:
Regulação coletiva pela percepção compartilhada do território (Apus, Quorum Sensing),
Sem dogmas fixos,
Com rituais de atualização contínua da convivência.
O modelo atual opera no plano do Eu:
Eleições baseadas em identidades,
Decisões guiadas por doutrinas,
Normas regidas por expectativas binárias de certo e errado.
O Eu constrói estabilidade.
O Ser mantém a vitalidade democrática.
Conclusão: Sincronizar sem Eliminar
Todo Eu precisa conservar para existir.
Mas só o Ser pode transformar para manter a vida.
Não há solução definitiva.
Há oscilações rituais possíveis:
Fechar para Fazer → o Eu opera;
Abrir para Ser → o corpo retoma.
Essa alternância entre repetição (conservadorismo) e fruição (originalidade)
é o verdadeiro campo dinâmico da consciência.
The Great Conflict Between Being and Existing - A Bio-Phenomenological Ontology
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