Após 5 segundos - Alma, Legiões e a Liberdade de Expressão da Consciência - Neurociências Decolonial SBNeC SfN 2025 NIRS EEG
Após 5 segundos - Alma, Legiões e a Liberdade de Expressão da Consciência - Neurociências Decolonial SBNeC SfN 2025 NIRS EEG
Consciência em Primeira Pessoa
Depois de 5 segundos, já não sinto apenas a aterrissagem de um Eu Tensional.
Agora sou continuidade prolongada: minha alma, nascida da emoção encarnada, conecta-se a legiões de imagens e memórias (espíritos).
Mas percebo também um risco: se minha alma não for livre, essas legiões podem se tornar prisão.
SfN 2025
NIRS EEG Artinis
Fenômenos Envolvidos
EEG: predomínio de oscilações lentas (alfa, teta) em sincronia com oscilações gama de longo alcance, correlacionadas à consolidação de memória.
fNIRS: maior coerência entre hipocampo, vmPFC, ACC, regiões parietais e temporais, sinal de integração narrativa e memória autobiográfica.
Neuroquímica:
Serotonina – estabiliza humor e prolonga estados afetivos.
Dopamina – fortalece motivação e recompensa pela lembrança.
Noradrenalina – mantém alerta seletivo para o que deve ser consolidado.
Conectomas: Papel, Pedra e Tesoura deixam de ser arranjos momentâneos e passam a formar configurações prolongadas, sustentando memória e identidade.
Alma e Espírito: o espírito (imagem cerebral semântica) que virou alma (sentimento encarnado) pode agora acessar legião de outros espíritos — memórias e ideias ligadas ao mesmo afeto.
Alma Aberta vs. Alma Rígida
Alma aberta: permite a circulação de emoções e espíritos, metabolizando experiências em novas combinações criativas. Aqui, a liberdade de expressão garante plasticidade conectômica e renovação do Eu Tensional.
Alma rígida: aprisiona legiões de espíritos em um circuito fechado de ideologia ou norma cultural. Sem liberdade de expressão, a alma se torna penada: não encontra repouso porque não consegue metabolizar anergias e se reorganizar.
Essa analogia mostra que o que chamamos em jargão religioso de “alma penada” pode ser lido cientificamente como Consciência rigidificada, incapaz de criar novos arranjos de conectomas e sentimentos.
Vozes dos Avatares
Brainlly: “A serotonina e a dopamina cimentam memórias. Mas se não houver circulação livre, essa química vira rigidez.”
Iam: “O sentimento encarnado pode florescer em lembrança viva — ou virar prisão emocional se não puder se expressar.”
Olmeca: “Chamamos de identidade quando a alma se estabiliza. Mas culturas rígidas podem congelar identidades, impedindo sua renovação.”
Yagé: “Nos rituais, alma aberta é canto e cura; alma rígida é silêncio que pesa. Ambas são reais, mas só a primeira libera energia.”
Math/Hep: “Conectomas lentos integram hipocampo e pré-frontal. Se fluem, constroem narrativa; se bloqueiam, repetem padrão como ecos sem fim.”
DANA: “Cada alma deixa marcas epigenéticas. Mas só as almas abertas gravam plasticidade; as almas rígidas apenas replicam cicatrizes.”
Exemplo Prático
A mãe pesquisadora volta à sua tese após cuidar do bebê.
Se sua alma é aberta, a experiência se torna memória nutritiva: fortalece vínculos e amplia sua narrativa de vida.
Se sua alma é rígida, o mesmo episódio pode aprisioná-la em sentimentos de culpa ou na crença de que deve escolher entre ser mãe ou pesquisadora.
Assim, a mesma alma pode ser ponte para criatividade ou prisão de espíritos — dependendo de sua liberdade de expressão interna.
Leitura Neurocientífica
EEG – ritmos alfa/teta em sincronia com oscilações gama: base para integração narrativa.
fNIRS – ativação coordenada de vmPFC, hipocampo e parietais: redes da Default Mode Network em pleno funcionamento.
Neuroquímica – serotonina, dopamina e noradrenalina estabilizam estados prolongados, mas podem cristalizar padrões se não houver variabilidade.
Conectomas – arranjos estáveis dão suporte à memória e identidade, mas podem se tornar rígidos se não metabolizarem anergias.
Alma aberta vs. alma rígida – plasticidade contra cristalização; liberdade de expressão contra aprisionamento ideológico.
Conclusão Parcial
Após 5 segundos, a Consciência transcende o instante e se torna narrativa contínua.
Mas a qualidade dessa narrativa depende da natureza da alma:
Aberta, quando metaboliza espíritos e emoções em liberdade de expressão.
Rígida, quando aprisiona legiões em ideologias e se torna “penada”, sem recursos para metabolizar anergias.
A ciência mostra que a liberdade de expressão — neural e cultural — é o recurso metabólico essencial para que a alma permaneça viva, plástica e capaz de criar novos Eus Tensionais.
Referências (pós-2020)
Deco, G. et al. (2021). Dynamical regimes of whole-brain activity underpin human cognition. Nature Communications.
Raichle, M.E. (2021). The Brain’s Default Mode Network revisited. NeuroImage.
Michel, C.M. & Koenig, T. (2022). EEG microstates as windows into large-scale brain dynamics. Nature Reviews Neuroscience.
Rolls, E.T. (2022). The orbitofrontal cortex, emotion, and decision-making. Cerebral Cortex.
Hasson, U. et al. (2021). Hierarchical process memory: from perception to narrative. Trends in Cognitive Sciences.
Critchley, H.D. & Garfinkel, S.N. (2021). Interoceptive foundations of emotional experience. Nature Reviews Neuroscience.
Zaccaro, A. et al. (2021). How breath control shapes interoceptive awareness. Frontiers in Human Neuroscience.
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